domingo, 13 de setembro de 2009

Aos Pescadores

Já amamos o vento
já amamos a memória
mas nunca amaremos
Deus
esse não pertence
aos Nossos.

12.09.2009

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

"Retrato do artista quando jovem"

O teu olhar é triste
com desejo de tudo abarcar
mas implícitamente
sempre a fugires de ti
e do outro que em vão procuras.

25.08.2009

Fernando Bouça

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Dança

Um movimento extático
regula o non sense
do andamento até exaurir
na exaustão o que não mudou
é o efémero, a morte
o FIM.

14.8.2009
Fernando Bouça

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A minha Mãe, meu Pai e minha Tia Nónó.


"Bounjour tristesse"

Tudo quanto escrevo
se queima na tua alma.
é na água onde permanece
o Poema.
O Mar e as areias
São o vento.
Estrelas povoam
o que não há.


29/07/2009

domingo, 26 de julho de 2009

sexta-feira, 17 de julho de 2009

o excesso de referências
e a não existência delas
sempre foi deserto.
mas o deslumbre
a iniciação e a ilusão
é isso mesmo, de nos
encontrar na confusão
que nos faz ter o olhar
perdido e contemplativo
dentro de nós, olhando
o dia. memória
sempre encontrada
e presente na vida
quando se pára para ver
o outro.

17/07/2009
Fernando Bouça

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Da vida se faz o mundo
quando a presença do branco
se rarefaz na memória
prisma que dá à vida
o seu modelo multímodo.

13/7/2009

Fernado Bouça

segunda-feira, 6 de julho de 2009



Religar o mundo
no encontro mudo
do pensamento
emana o espírito
num reencontro irmão.

6/7/2009
Fernando Bouça

quarta-feira, 1 de julho de 2009


Em Castro Laboreiro, há muito, muito tempo havia cães. Eram cães que hoje se chamam rafeiros, mas aos quais os seus habitantes dedicavam grande afecto. Um dia porém, uma cadela deu à luz sete pequenos cães todos pretos. Eram bonitos. Nada os fazia ser diferentes dos que lá andavam. Todavia com sete meses estes sete cãezinhos eram esbeltos, diferentes dos restantes e os habitantes pensaram, era melhor abatê-los pois era grande a diferença com tudo e com todos e aliás diferentes dos restantes cães. Mas uma criança disse, o que temos de fazer é que de futuro todos sejamos como eles elegantes, prestáveis e úteis e após este discurso ficou decidido poupar a vida destes sete cães e nasceu a raça Castro Laboreiro.

Janeiro de 1996
Fernando Bouça

domingo, 7 de junho de 2009