terça-feira, 28 de outubro de 2014

                                                          
 
A Invenção da Guerra


a manhã nasce
e o lago tem
um leve estremecer

vem dos montes
a luz

enquanto a barca
adormece

descalça a mulher
beija a maçã
da primacial macieira

Nada aconteceu.


18-10-2014
Fernando Carvalho Bouça

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

“A MORTE SEM MESTRE”

Herberto Hélder o som cavo
da tua voz bate no bronze
e
a luz é tempestade
revelada aos que insistem
permanecer cegos
a
coarctarem a liberdade.


a liberdade é sempre
acompanhada pela voz
do vento na sua intemporalidade.

a morte sem medo
 

20-08-2014
Fernando Carvalho Bouça





A MORAL SUPERIOR DE UM HOMEM LIVRE


Fernando Carvalho Bouça
 

terça-feira, 15 de abril de 2014

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Para a esquerda institucional
Para a direita institucional
Para os homens e mulheres de Bem!




Matei as ideologias


à minha volta
há um silêncio de Medo e de Culpa


coloquei a rua
na vanguarda.



Fernando Carvalho Bouça

sábado, 24 de novembro de 2012

O poeta Fernando Manuel Carvalho Bouça informa que é o do conhecimento de sua Exa. o Presidente da República Portuguesa informado telefonicamente e irá receber uma carta na segunda-feira, 26 de novembro de 2012, onde relato que estou a ser alvo de sevícias através  dos serviços psiquiátricos do hospital de S. João e onde reafirmo que não aceito qualquer prémio ou homenagem vindas de onde vierem. Neste momento tenho medo de sair à rua. Aguardo a todo o momento que sua Exa. a Presidência da República Portuguesa me dê a garantia de que posso sair em liberdade à rua.




A pedra fundamental da liberdade é a dignidade...

domingo, 19 de agosto de 2012

apedeuta


Para o prof. Dr. Karamba



Com ou sem venda
nada vês

e cego comes
a tua merda.

V-12

Fernando Bouça

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Para o Prof. Dr. Karamba

Magombala *

Onde quer que te
encontres
lembra-te
que eu tenho
Memória

V-2012

* a hiena


Fernando Bouça

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O poeta português Fernando Manuel Carvalho Bouça informa que não aceita nenhum prémio nem homenagens incluindo o prémio nobel.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O último poema
é o silêncio
a água a correr
pela garganta
a língua é minha.
do apátrida exilado

Dou-vos o que é
vosso:
NÃO.

25-06-2012
Fernando Bouça

terça-feira, 5 de junho de 2012

o mundo vive suspenso
de uma palavra.

e a palavra é:

NÃO.


05-06-2012
Fernando Carvalho Bouça


Este blogue a partir de agora está encerrado.

terça-feira, 3 de abril de 2012


Só se ama
os seres livres
quando se tem
como único o sentir
e o ser:

LIBERDADE

Tudo que construiram
São preconceitos.


Fernando Bouça
24-03-2012


quarta-feira, 14 de março de 2012

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Crazy Horse


Você é doido

Doido é vermelho

Vermelho é mulher

e as solas de suas

sandálias

são vermelhas

e muito caras



Fernando Bouça


30.10.2011 16:25


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Os corvos cobrem o céu
do meu país
Levanta-te Povo de Portugal
faz do fogo da forja
onde trabalhas, o castigo
dos que até a alma
te querem tirar.

8.11.2010

Fernando Bouça

domingo, 13 de setembro de 2009

Aos Pescadores

Já amamos o vento
já amamos a memória
mas nunca amaremos
Deus
esse não pertence
aos Nossos.

12.09.2009

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

"Retrato do artista quando jovem"

O teu olhar é triste
com desejo de tudo abarcar
mas implícitamente
sempre a fugires de ti
e do outro que em vão procuras.

25.08.2009

Fernando Bouça

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Dança

Um movimento extático
regula o non sense
do andamento até exaurir
na exaustão o que não mudou
é o efémero, a morte
o FIM.

14.8.2009
Fernando Bouça

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A minha Mãe, meu Pai e minha Tia Nónó.


"Bounjour tristesse"

Tudo quanto escrevo
se queima na tua alma.
é na água onde permanece
o Poema.
O Mar e as areias
São o vento.
Estrelas povoam
o que não há.


29/07/2009

domingo, 26 de julho de 2009

sexta-feira, 17 de julho de 2009

o excesso de referências
e a não existência delas
sempre foi deserto.
mas o deslumbre
a iniciação e a ilusão
é isso mesmo, de nos
encontrar na confusão
que nos faz ter o olhar
perdido e contemplativo
dentro de nós, olhando
o dia. memória
sempre encontrada
e presente na vida
quando se pára para ver
o outro.

17/07/2009
Fernando Bouça

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Da vida se faz o mundo
quando a presença do branco
se rarefaz na memória
prisma que dá à vida
o seu modelo multímodo.

13/7/2009

Fernado Bouça

segunda-feira, 6 de julho de 2009



Religar o mundo
no encontro mudo
do pensamento
emana o espírito
num reencontro irmão.

6/7/2009
Fernando Bouça

quarta-feira, 1 de julho de 2009


Em Castro Laboreiro, há muito, muito tempo havia cães. Eram cães que hoje se chamam rafeiros, mas aos quais os seus habitantes dedicavam grande afecto. Um dia porém, uma cadela deu à luz sete pequenos cães todos pretos. Eram bonitos. Nada os fazia ser diferentes dos que lá andavam. Todavia com sete meses estes sete cãezinhos eram esbeltos, diferentes dos restantes e os habitantes pensaram, era melhor abatê-los pois era grande a diferença com tudo e com todos e aliás diferentes dos restantes cães. Mas uma criança disse, o que temos de fazer é que de futuro todos sejamos como eles elegantes, prestáveis e úteis e após este discurso ficou decidido poupar a vida destes sete cães e nasceu a raça Castro Laboreiro.

Janeiro de 1996
Fernando Bouça

domingo, 7 de junho de 2009